
Após o Coaf identificar movimentações suspeitas na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), o Ministério Público do Rio de Janeiro pediu um novo relatório ao órgão, dessa vez sobre o filho de Bolsonaro.
O novo relatório aponta que Flávio, hoje deputado estadual e eleito senador, recebeu em sua conta bancária 48 depósitos em dinheiro entre junho e julho de 2017. Os 48 depósitos em espécie foram feitos no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Alerj sempre no valor de R$ 2.000.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, a reclamação de violação do sigilo bancário não encontra respaldo na lei e na jurisprudência brasileira. A lei brasileira permite a comunicação entre o Ministério Público e o Coaf, e questionamentos similares ao de Flávio foram rejeitados pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
PSL - OS DEFECADORES DA CAGADA
A bancada é composta pelos deputados federais eleitos Daniel Silveira
(RJ), Carla Zambelli (SP), Tio Trutis (MS), Felício Laterça (RJ), Bibo Nunes
(RJ), Marcelo Freitas (MG), Sargento Gurgel (RJ), Aline Sleutjes (PR), Charlles
Evangelista (MG) e Luis Miranda (DEM-DF) A senadora eleita Soraya Thronicke
(PSL-MS) também integra a viagem, ao lado da deputada estadual Delegada Sheila
(PSL-MG).
O bombardeio dos seguidores bolsonaristas – que, nesta quinta-feira,
insuflados por Carvalho, acusaram a comitiva do PSL de querer “vender o Brasil
para a China” e de serem “comunistas infiltrados na direita” – deixou os onze
parlamentares do partido com o sentimento de terem sido atirados “na fogueira”
para encobrir o que consideram um escândalo: o pedido do filho do presidente
Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, ao Supremo Tribunal Federal, para ter foro
privilegiado no caso em que seu motorista e assessor na Assembleia Legislativa
do Estado do Rio de Janeiro, Fabrício Queiroz, é investigado pelo Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf), de movimentar 1,2 milhão de reais de
forma atípica.
“É muita coincidência que o ataque aos parlamentares do partido tenha ocorrido justamente no dia em que o Flávio tomou aquela decisão escandalosa de ir pedir ao ministro Luiz Fux que lhe desse foro privilegiado”, me disse o advogado Cleber Teixeira.
O advogado afirmou que o clima entre os deputados da comitiva era de revolta e indignação. A indignação dos parlamentares era ainda maior pelo fato de filhos do presidente – o deputado Eduardo Bolsonaro, eleito por São Paulo, e o vereador Carlos Bolsonaro, do Rio de Janeiro – terem “debochado” da comitiva. Carlos chegou a postar uma montagem com a deputada eleita Carla Zambelli segurando uma bandeira chinesa.
AMEAÇA/INTIMIDAÇÃO
Em seguida, Teixeira fez um alerta para o risco de este tipo de comportamento atrapalhar o governo na votação de reformas. “Imagina se estes parlamentares decidirem não votar com o governo?”, questionou ele. Teixeira afirmou ainda que, se os parlamentares não se sentirem confortáveis com o comportamento do Executivo, podem não votar as reformas. “Eles não darão carta branca a um governo em que não confiam.” E foi além. Disse que o presidente Jair Bolsonaro deveria controlar os filhos dele. “Todos nós respeitamos o Jair, mas não vamos aceitar esses ataques dos filhos dele. Isso não é uma monarquia. Ele não é rei e os filhos dele não são filhos do rei.”
Na quinta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia se encontrado com o embaixador da China para discutir investimentos do país asiático no Brasil.
Desde que chegaram em Pequim, os parlamentares foram massacrados por integrantes de grupos de WhatsApp e de outras redes sociais bolsonaristas. O incentivador mais popular dos ataques foi Olavo de Carvalho, que chamou os parlamentares de “jumentos” por demonstrarem interesse num software de reconhecimento facial chinês – o que, segundo o ensaísta, permitiria que os brasileiros fossem espionados pelo país asiático.
O presidente do PSL, o deputado pernambucano Luciano Bivar, saiu em defesa dos colegas que estavam na missão chinesa.
Sem se exaltar, reclamou das “pedras que estavam sendo atiradas nos colegas” e disse que as “pessoas estavam cegas.”
"Carlos Bolsonaro contratou funcionária fantasma na Câmara do Rio, diz jornal"
Empregou uma funcionária fantasma em seu gabinete da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
“É muita coincidência que o ataque aos parlamentares do partido tenha ocorrido justamente no dia em que o Flávio tomou aquela decisão escandalosa de ir pedir ao ministro Luiz Fux que lhe desse foro privilegiado”, me disse o advogado Cleber Teixeira.
O advogado afirmou que o clima entre os deputados da comitiva era de revolta e indignação. A indignação dos parlamentares era ainda maior pelo fato de filhos do presidente – o deputado Eduardo Bolsonaro, eleito por São Paulo, e o vereador Carlos Bolsonaro, do Rio de Janeiro – terem “debochado” da comitiva. Carlos chegou a postar uma montagem com a deputada eleita Carla Zambelli segurando uma bandeira chinesa.
AMEAÇA/INTIMIDAÇÃO
Em seguida, Teixeira fez um alerta para o risco de este tipo de comportamento atrapalhar o governo na votação de reformas. “Imagina se estes parlamentares decidirem não votar com o governo?”, questionou ele. Teixeira afirmou ainda que, se os parlamentares não se sentirem confortáveis com o comportamento do Executivo, podem não votar as reformas. “Eles não darão carta branca a um governo em que não confiam.” E foi além. Disse que o presidente Jair Bolsonaro deveria controlar os filhos dele. “Todos nós respeitamos o Jair, mas não vamos aceitar esses ataques dos filhos dele. Isso não é uma monarquia. Ele não é rei e os filhos dele não são filhos do rei.”
Na quinta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia se encontrado com o embaixador da China para discutir investimentos do país asiático no Brasil.
Desde que chegaram em Pequim, os parlamentares foram massacrados por integrantes de grupos de WhatsApp e de outras redes sociais bolsonaristas. O incentivador mais popular dos ataques foi Olavo de Carvalho, que chamou os parlamentares de “jumentos” por demonstrarem interesse num software de reconhecimento facial chinês – o que, segundo o ensaísta, permitiria que os brasileiros fossem espionados pelo país asiático.
O presidente do PSL, o deputado pernambucano Luciano Bivar, saiu em defesa dos colegas que estavam na missão chinesa.
Sem se exaltar, reclamou das “pedras que estavam sendo atiradas nos colegas” e disse que as “pessoas estavam cegas.”
"Carlos Bolsonaro contratou funcionária fantasma na Câmara do Rio, diz jornal"
Segundo o jornal, Nadir Barbosa Goes, de 70 anos, constava da lista de assessores de Carlos até janeiro, quando foi exonerada. Mas, em entrevista à Folha, ela disse nunca ter trabalhado para o vereador. Nadir mora em Magé, município a 50 km do Rio, e ganhava R$ 4.271 mensais na Câmara.
A reportagem do jornal procurou a ex-funcionária, que pouco falou sobre o cargo que ganhou na Câmara. Ela apenas afirmou que nunca trabalhou para o filho do presidente. E sugeriu: "Fala com o vereador que eu não sei de nada"."
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