Superfaturamento de quase R$ 1 bi é apontado em obras de 10 aeroportos
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+ 1 SUPERfaturamento - CoNfIrA aQuI !
A Polícia Federal apontou, no relatório final da Operação Caixa Preta, o superfaturamento de R$ 991,8 milhões nas obras de dez aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). As obras foram contratadas durante o primeiro mandato do atual governo, entre 2003 e 2006. O esquema aconteceu durante a administração de Carlos Wilson, que morreu em 2009 de câncer.
Os aeroportos que tiveram as obras superfaturadas foram: Corumbá, Congonhas, Guarulhos, Brasília, Goiânia, Cuiabá, Macapá, Uberlândia, Vitória e Santos Dumont.
Segundo o dossiê da Polícia Federal, 18 empreiteiras aperaram o esquema: Odebrecht, OAS, Carioca, Construcap, Camargo Corrêa, Galvão, Via Engenharia, Queiroz Galvão, Constran, Mendes Júnior, Serveng Civilsan, Gautama, Beter, Estacon, Financial, Enpress, Triunfo e Cima. Todas negam irregularidades.
Estão sendo investigadas 52 pessoas, que responderão pelos crimes de formação de quadrilha, peculato (crime contra a administração pública), corrupção ativa e passiva, crimes contra a ordem econômica e fraude em licitações.
Envolvidos no esquema, junto a Wilson, no comando da Infraero já foram enquadrados pela PF: Josefina Valle de Oliveira Pinha, ex-advogada-geral do Senado que exerceu a função de superintendente jurídica da estatal; Adenahuer Figueira Nunes, ex-diretor financeiro, e Eleuza Lores, ex-diretora de engenharia - o indiciamento de Eleuza foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça.
De acordo com estimativas da PF, o superfaturado poderia ser usado para construção de 34.193 casas populares. Além disso, o montante poderia ser utilizado na construção do Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, obra necessária para bom atendimento dos turistas para a Copa 2014.
Ex-assessor da Infraero ganhou até apartamento de empreiteira, diz PF
OPERAÇÃO CAIXA PRETA
Por Fausto Macedo e Bruno Tavares
A investigação da Polícia Federal que aponta desvio de R$ 991,8 milhões em obras de dez aeroportos contratadas no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2006 - relata casos de ex-dirigentes da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) que teriam recebido vantagens, benefícios e prêmios, inclusive passagens aéreas, dinheiro e apartamento de luxo, de empreiteiras supostamente beneficiadas em licitações fraudulentas.
Alvo do inquérito da PF, Eleuza Lores , ex-diretora de Engenharia da Infraero, movimentou "mais de R$ 2 milhões" naquele período, revela a quebra de seu sigilo bancário. "Valores muito superiores à renda da empregada pública recebidos, ao que tudo indica, como proveito dos crimes investigados", assinala o relatório final da missão policial, à página 58.
Segundo a PF, Eleuza mantinha seis contas correntes em instituições financeiras, "não se sabendo, nos dias de hoje, onde se encontram depositados ou em que foram aplicados". Ao abordar contatos da ex-diretora com executivos de construtoras, a PF questiona: "Por qual razão Eleuza patrocinou interesses alheios? Ora, para receber vantagens financeiras, ocultando-lhes a origem."
O relatório - documento de 188 páginas entregue à Justiça Federal em Brasília - inclui no rol de suspeitos os contratos da Infraero para reformas e ampliações dos aeroportos de Corumbá, Congonhas, Guarulhos, Brasília, Goiânia, Cuiabá, Macapá, Uberlândia, Vitória e Santos Dumont. A PF sustenta que a malversação de recursos da União é resultado de um esquema de fraudes e superfaturamento montado pela cúpula da estatal na gestão Carlos Wilson (2003-2006) - ex-deputado e ex-senador que morreu em abril de 2009.
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Fonte: O Estado de S.Paulo